Há, via Internet, uma apologia para que o brasileiro vote em branco ou anule o seu voto.
Uma pena que alguém tente desperdiçar uma oportunidade de fazer uma mudança radical na política, NÃO votando em quem tem capacidade de transformar os rumos da nação.
Por outro lado há, também, uma onda de boas pessoas imbuídas com essa transformação. Há jovens advogados, juízes, promotores, candidatos que veem a política com outros olhos, os olhos do Progresso e das boas intenções.
Há, na própria urna eletrônica, uma opção, uma tecla, informando que ali o voto é branco, é somente depois confirmar. Para a opção “nula” não existe esta tecla na urna eletrônica, mas o cidadão pode apertar números aleatórios, como por exemplo 000 e confirmar.
Mas, estas teriam de ser a última opção.
Assim, então, para que servem os votos brancos ou nulos? Na verdade, ambos são considerados inválidos.
O voto branco ainda é considerado um voto conformista, ou seja, o eleitor que utiliza essa forma de voto é considerado um sujeito satisfeito com qualquer um dos candidatos que ganhe.
Já o voto nulo é tido como uma forma de protesto. Muita gente incentiva as pessoas a votarem em nulo porque isso mostraria a indignação coletiva com o estado da política no nosso país e forçaria a realização de novas eleições, com novos candidatos.
O fato é que, desde 1997, os votos brancos são considerados inválidos e não favorecem nenhum candidato. Já os votos nulos não têm poder nenhum de influenciar o rumo de uma eleição, apenas diminuindo o total de votos válidos. Assim, os dois votos praticamente se equivalem em seus efeitos.
Então, como são inválidos, os brancos e nulos diminuem o número total de votos válidos – ou seja, o universo de votos que serão realmente considerados na contagem final.
No caso de nossa cidade, como não tem segundo turno, votos brancos e nulos apenas influenciam no cálculo para vereadores que dependem do quociente eleitoral. Neste caso, os votos em branco e nulos interferem, pois eles diminuem o quociente eleitoral, o que facilita a conquista das vagas pelos partidos.
Mas, realmente NÃO participar de uma mudança, é ficar de fora da tão sonhada mudança na política brasileira.