Não só mais um filme!

Editorial
Guaíra, 16 de julho de 2020 - 04h59

Estamos habituados a torcer o nariz quando a crítica indica um filme brasileiro para se assistir, com indícios de uma “uma grande produção”.

Na realidade estamos acostumados a rotular (erroneamente) os filmes tupiniquins baseados naquelas velhas chanchadas, mal dirigidas, com poucos recursos, na maioria com viés humorístico explorando os ingênuos e desavisados  e não raro qualificar as películas  nacionais de quinta categoria.

Quando aparece um filme de qualidade, por vezes damos os ombros porque vemos frequentemente serem levados nas “telonas” roteiros baseados em tragédias familiares como o caso de se reproduzir a vida  (e o crime) protagonizado por  Suzane Von Richthofen,  ou então, catástrofes como os sequestros em ônibus, até mesmo  relatos da vida de religiosos bem sucedidos monetariamente, cheirando a uma propaganda de si mesmo.

No entanto, o cinema brasileiro não é feito somente das investidas policiais nas favelas, nem de amostras do autoritarismo armado contra os “pobres e oprimidos”. Há qualidade no cinema Nacional!

Há, por exemplo, um filme baseado em um livro do conceituado medico psicanalista – Augusto Cury – chamado “O vendedor de sonhos” que virou filme,  cujo teor é o mesmo: um autoajuda com frases de grandes efeitos e cada um nós já deve ter visto por aí, sem saber que fazem parte de um livro (e um filme) que pode não ganhar o “Quiquito de ouro” em originalidade, mas com certeza, ganha um prêmio quando acerta o  nosso coração.

Nesta época de pandemia e isolamento social quando estamos com a nossa saúde mental necessitando de um acalanto, com sentimentos à flor da pele, ficamos mais sensíveis às reflexões humanas e choramos, sem pudor, sozinhos, até com os comerciais de margarina, na televisão.

Estes dias sem o contato físico, longe o carinho dos entes queridos, mexem com a sensibilidade do ser humano de tal forma que potencializa os pequenos atos, que passariam sem serem notados, mas que ganham dimensão enormes de rancor, de raiva, de palavreado carregado… Então, temos que exercitar a razão, nos voltarmos para a reflexão (mesmo com frases de efeitos, simples e  piegas), como “o primeiro a ser beneficiado com o perdão é aquele que perdoa, não o perdoado”, ou então “o segredo do sucesso é conquistar aquilo que o dinheiro não compra” e termos como meta apenas o ensinamento do Augusto Cury: “Um dia de cada vez, meu amigo, um dia de cada vez!”


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