Pagamos, mas não levamos!

Editorial
Guaíra, 10 de agosto de 2017 - 09h39

Quem passa e vê o prédio – na antiga incubadora de empresas – tem até uma dor no coração. Era para ser um local imponente, bem estruturado, firme e que abrigaria a nossa tão sonhada primeira Faculdade Municipal.

Até que começou bem: fez-se uma limpeza, fez-se a doação do terreno e do imóvel, as autoridades foram chamadas, fotos foram tiradas e tudo fazia crer que, enfim, ali, seria uma Faculdade Municipal, com o propósito de oferecer – de início – três cursos, além de gerar empregos e retirar da estrada nossos alunos.

Depois da doação, verificou-se que haveria a necessidade de se fazer uma ampla reforma no prédio, no final de 2012 e início de 2013. Fez-se um orçamento bem polpudo – quase 700 mil reais – para proceder a reforma.

Hoje, além do sonho ter virado um pesadelo, vê-se uma reforma “meia boca” bem diferente daquela especificada no papel. Tudo em menor qualidade e menor quantidade. Assim, um prédio onde ninguém toma conta, os vândalos encontram um prato cheio: rouba-se tudo, desde a fiação elétrica, lâmpadas, torneiras e tudo o que se puder carregar.

É preciso apontar os culpados pelos desmandos! É preciso sim verificar o porquê da obra ter sido abandonada. É preciso sim constatar por que foi feito um projeto e este projeto não foi seguido. É preciso apurar as divergências. Não podemos simplesmente, mais uma vez, pagar e não levar.

Agora é a vez do Tribunal de Contas e do Ministério Público avaliarem aquele local e, oxalá, tenham respostas para nossas perguntas.

 


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