Passou (quase) despercebido!

Editorial
Guaíra, 19 de novembro de 2021 - 09h59

No último feriado do ano, da última segunda feira, do dia 15 de Novembro, foi colocado um cartaz na porta de uma escola onde informava: “NÃO HAVERÁ AULA DIA 15 – SEGUNDA FEIRA – POR MOTIVO DO DIA DA INDEPENDÊNCIA! As aulas retornarão na terça-feira”.

Surpresos?

Confundir  o dia da Independência com a Proclamação da República foi assim tão assustador? Não seria se o tal informativo não estivesse pregado exatamente na porta de uma escola!

O resultado de tantos anos de desmandos (em todos os setores da sociedade), não apenas  na Educação,  está apenas começando!

Não são os professores os culpados por tantas desinformações. Pelo contrário, eles fizeram e ainda fazem o possível para passar os conhecimentos a uma geração que só sabe mexer com dedos no teclado de um celular, de um vídeo  game e de um computador, não manuseiam o lápis e a caneta com a mesma destreza,  e enfiam suas mentes somente no que for tecnológico.

Sem fazer apologia ao pessimismo, mas se perguntar a um garoto de 13 anos o motivo de ser sido feriado na última segunda-feira, ele até poderá dizer que foi celebrado a Proclamação da República,  não  saberá dizer, no entanto,  que neste dia, no ano de 1889, o Brasil deixou de ser um país monárquico e passou a ter como sistema político – a República.

Temos sido uma República nos últimos 132 anos, mas não somos  um país que anda mãos dadas com a Democracia – isso  já é outra história!

Segundo o jornalista Augusto Nunes, um país que tem presos políticos não pode ser considerado como sendo Democrático!

E temos – sim –  presos políticos, temos censura de pensamentos, temos blogs e a conta na  rede social sendo derrubadas porque divulgaram assuntos que não são os mesmos pensamentos  dos administradores,   temos temores em divulgar a nossa opinião, porque temos visto, mesmo daqui da nossa longínqua e pequena Guaíra, que a  mão do autoritarismo se tornou muito forte, enfraquecendo a Democracia e a República!

Assim vamos vivendo – um dia após o outro – alimentados apenas na esperança, na expectativa de que  dia melhores hão de raiar se não sobre nós, quem sabe sobre os filhos e netos!


TAGS:

LEIA TAMBÉM
Ver mais >

RECEBA A NOSSA VERSÃO DIGITAL!

As notícias e informações de Guaíra em seu e-mail
Ao se cadastrar você receberá a versão digital automaticamente