É uma honra estar aqui com vocês, assinantes, leitores e nossos patrocinadores. E juntos poder celebrar este momento tão especial. Uma época do ano que invariavelmente ficamos mais reflexivos, mais pensativos e colocamos na balança o ano que passou e começamos a nos programar para o ano que se aproxima.
Esperamos que apesar da vida frenética dos dias de hoje e tudo o que passamos com a pandemia, possamos viver a magia deste Natal. A cidade ornamentada com lindos enfeites e de noite, as luzes brilham. As casas estão decoradas com árvores de Natal, estrelas douradas, bolinhas coloridas, Papai Noel e as pessoas começam a pensar nos presentes. Presentear alguém com alguma coisa ou com uma ação tem como seu significado mais profundo e espontâneo fazer o outro feliz ou proporcionar-lhe prazer, como um gesto de carinho, aceitação e gentileza, fortalecendo e mantendo os relacionamentos interpessoais, consequentemente, a coesão e união social.
Oferecemos presentes porque nos deixa felizes, mas também pelas nossas tradições e cultura. O presente representa um ritual que evidencia e honra acontecimentos especiais e momentos de passagem, como os aniversários, casamentos, formaturas etc.
Mas o mais importante nessa troca é que mandamos uma mensagem muito importante, de enxergar o outro, e ao mesmo tempo passar a ser visto por ele. O objeto passa a ser apenas a representação simbólica de se fazer presente, de existir, na vida de alguém que ama e admira.
Muitas vezes ouvimos “penso, logo existo”, (Descartes), onde o pensar acontece de forma tão automática que pode até se tornar imperceptível, pois o que não nos falta são pensamentos. Assim os dias passam um a um, sem que você realmente aproveite muitos momentos que fazem a diferença de uma existência.
Torcemos que este Natal, que comemoramos o nascimento de Jesus, trocamos presentes, revemos amigos e familiares, seja também o renascer para uma nova forma de pensar, muito longe daquela, mecânica, distante da presença e vazio da reflexão e sim, aquele pensar, cujo pensador dispõe do tempo necessário para que a experiência possa fazer sentido ou encontrar um sentido . Um sentido que não é julgamento ou análise valorativa, mas sentido que tenha significado à existência daquele que pensa, compartilhando de forma intensa e profunda este momento com alguém. O existir assim, ganha outro status quo, transcende, seu significado formal, e passa significar, estou aqui, estou vivo, eu existo também.