O que está acontecendo em Brasília nem é uma queda de braço, mas uma briga de cachorro grande.
As duas maiores instituições estão em guerra: por um lado a autoridade máxima do país – o Presidente da República – e do outro STF e TSE, que estão, para alguns, desacreditados e partidários.
Acontece que, com o advento da Internet, são tantos pseudos especialistas dando depoimentos – no caso pelo voto impresso e auditável – jurando pela mãe que o que escrevem é o correto que no final acaba por confundir ainda mais o eleitor.
Assim, quem é a favor do voto impresso argumenta que os chamados hackers entram em contas bancárias, em processos judiciais e até nos computadores da NASA. Quem é contra – ferrenhamente – como é o caso do Ministro Barroso (presidente do TSE), não admite que se mexam nas urnas eletrônicas como elas se apresentaram até agora, porque diz que é um retrocesso.
Acontece também que este sistema que o ministro Barroso chama de legítimo, só é usado em três países, como todos nós sabemos.
Então, antes de emitir um juízo de valor sobre o assunto das urnas eletrônicas, seria de bom grado que todos nós não agíssemos pelo coração: ou seja, porque eu gosto do nosso presidente, vou pensar e apoia-lo no que ele diz. No entanto, se é dos ministros do supremos que depositamos credo, vamos ver e ouvir o que eles dizem a este respeito antes de escrever bobagens nas redes sociais.
Sabemos também, nestas alturas do campeonato, que é muito difícil que haja algum brasileiro que já não tenha ponderado sobre este assunto e que já não tenha sua opinião formada.
No entanto, mesmo que as ruas tenham dado seu recado, não cabe a nenhum de nós bater o martelo – nem contra, nem a favor do voto impresso – porque quem vai decidir, no próximo dia 5 de Agosto, serão os nossos parlamentares: aqueles que colocamos lá, para votarmos por nós!
Enquanto isso, ambos os lados, Governo Federal e Tribunal Superior continuam com o ranger de dentes, dando declarações, algumas desastrosas, com o nosso presidente dando suas caneladas costumeiras e o Ministro Barroso, como toda pompa que lhe é peculiar, saindo da alçada do seu ministério para tentar influenciar os deputados.
Uma queda de braço que está vindo a ser mais uma guerra de egos, de vaidades e, claro, para mostrar quem pode mais!
E o povo? Ah! O povo… Este somente esperneia, mas no final, obedece se tiver juízo!