Risco desnecessário

Editorial
Guaíra, 5 de junho de 2022 - 14h22

Estamos brincando com fogo. De nove vacinas prioritárias do calendário infantil, nenhuma atingiu a meta de 95% de imunização no ano passado. A maior parte delas ficou, em média, na casa dos 70%. Ao contrário do que muita gente acredita, essas doenças não são benignas. Elas são graves e dependendo da situação, deixam sequelas e levam à morte.

 

A meningite e a caxumba, por exemplo, podem causar surdez. O sarampo pode retardar o crescimento e reduzir a capacidade mental. A difteria pode levar os rins à falência. A coqueluche pode provocar lesões cerebrais. Quando a mulher contrai a rubéola na gravidez, o bebê pode nascer com glaucoma, catarata e deformação cardíaca, entre outros problemas, além do risco de aborto.

 

São vacinas básicas, mas que, muitas vezes, as pessoas acabam negligenciando. Não vacinam, atrasam, dizem “depois eu vou”. Juntamos isso com a não valorização dessas doenças, por vezes vemos pais de família vacinarem seus filhos, com obrigatoriedade prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente – e não se vacinam. 

 

Precisamos e com urgência, uma força tarefa para reverter este quadro. Campanhas agressivas do setor público, para levar ao conhecimento público, os riscos destas doenças para nossas crianças e engajar professores ,agentes de saúde, vizinhos, pais, tios, enfim toda sociedade, para que todos possam ter a oportunidade de ter um crescimento saudável. 

 

Prevenção é uma coisa complicada. No tempo em que usar cinto de segurança não era obrigatório, a pessoa só usava quando perdia alguém em um acidente de trânsito. Então, porque correr  riscos desnecessários.  Consulte a agenda vacinal da sua família, e se precisar coloque em ordem, tome uma atitude antes que seja tarde. 

 


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