A votação do último dia 2 de agosto – que mobilizou as redes televisivas ao ponto de transmitirem ao vivo a votação – foi uma comédia!
Por fim, deu o “Fica Temer”, o que era a lógica segundo os analistas. Também, convenhamos, trocar novamente de presidente, faltando menos de um ano para a sua saída seria mais prejudicial do que benéfico.
Toda a oposição tinha combinado de não comparecer, para não ter o número mínimo de deputados para começar a votação. A ideia era deixar aparecer mais acusações contra Temer, para que chegasse a um ponto insustentável.
Mas, para desespero daqueles que realmente são oposição a Temer, muitos deputados apareceram. Mais que isso, o governador do PT liberou dois dos seus secretários para votarem a favor de Temer. O jogo do PT de “quanto pior, melhor” não poderia ser mais explícito.
Mesmo estando ao vivo, algumas atitudes, dos protagonistas desta página da história política, não foram tão divulgadas. Por exemplo:
– O deputado que levou o maior valor em emenda parlamentar e votou contra Temer;
– Todos do PEN, partido do Bolsonaro, votaram em peso a favor de Michel, mas Bolsonaro votou contra;
– Saiu o “pelo Brasil, pela pátria e pela família” e entrou “pelo progresso” e “pela continuidade”;
– Lula estava torcendo para ver Temer sangrar até o fim;
– Observa-se a incoerência que reina na política do país quando os deputados do PT justificam seu voto por ser “contra a Corrupção”;
– O Deputado Raimundo Gomes de Matos, do PSDB não deu as caras durante o “embate”, mas estava na câmara no dia seguinte todo sorridente. Disse que perdeu o voo.
A votação terminou para livrar nosso presidente, mas, nos bastidores, as ‘negociatas” continuam: os partidos da base aliada, afirmam que se não forem atendidos vão interditar o debate sobre a reforma da Previdência. O próprio Rodrigo Maia já disse que será necessário “muito esforço” para cumprir o cronograma.
Pobre Brasil!