Talvez os mais novos não se lembrem, mas nas manhãs de domingo o brasileiro ligava a televisão e se orgulhava de ver Ayrton Senna correndo na Fórmula 1.Quando ganhava então nos enchia de orgulho ao desfilar com a bandeira do Brasil. Bons tempos aqueles.
Recentemente uma artista brasileira, filha de um grande cantor da bossa nova, em um show na terra do Tio Sam (USA), pisoteou nossa bandeira, para uma plateia em sua maioria de brasileiros. Uma triste cena, que causou muita revolta nas redes sociais. E, claro, pouquíssimos órgãos de imprensa divulgaram o acontecido.
A confusão mental de certas pessoas é tanta , que ao demonstrar seu descontentamento sobre este ou aquele político, usa um símbolo que representa toda uma nação para destilar sua raiva e seu ódio. Lamentável, pois até uma juíza, “guardiã da justiça”, recentemente quis proibir o uso da bandeira por achar que ela representa um partido ou mesmo um político, que causou espanto até no meio jurídico.
Pessoas públicas, sejam elas pilotos ,cantores, donos de grandes redes de lojas, precisam entender que o público quer o que elas tem de melhor a oferecer de forma profissional. Assim um cantor tem que agradar seus fãs cantando, um piloto correndo, e uma grande loja vendendo produtos de qualidade para o público que conquistou durante anos de trabalho duro. Público formado, em sua esmagadora maioria, de grandes grupos heterogêneos, com gostos distintos.
Para pessoas públicas, se aventurar em uma militância ideológica, a qual ele não entenda bem sua lógica social, é visto por muitos como amadorismo, oportunismo ou mesmo marketing e o resultado disso, é o que anda acontecendo, muitos são cancelados,outras veem as ações de suas empresas despencarem 90%, colocando- as em quase falência.
A sociedade vive um momento de disruptura, onde antigos “conceitos” antes impostos de forma invasiva e manipuladora, já não surtem o mesmo efeito,porque parece que muitos conseguiram se libertar do transe hipnótico que viviam. Os tempos mudaram e as pessoas também. Mas para muitos a ética, a moral e o trabalho continuam inabaláveis e para estas milhares de pessoas “quem lacra, não lucra”.