O prefeito José Eduardo não negou a possibilidade da contratação de vereadores da base aliada para o governo

Com especulações sobre as mudanças que a atual gestão pretende fazer na reforma administrativa, o Jornal O Guaíra procurou o prefeito José Eduardo Coscrato Lelis para que ele esclareça a possível criação de mais cargos em sua gestão e a contratação de pessoas de sua base aliada para compor o quadro de funcionários do governo.

O Chefe do Executivo explicou as alterações que serão necessárias conforme exigências do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e esclareceu os “boatos” que surgiram durante a última semana.

Questionado de uma possível redução de escolaridade para os seus diretores, ele nega. “Não vou alterar a escolaridade para que pessoas possam assumir a chefia de setores sem formação na área superior de forma específica. Isso é mentira. Há um apontamento do Tribunal de Contas de que os cargos de diretoria e assessoramento devem ser, exclusivamente, de ensino superior. Ou seja, todos os meus diretores e assessores são de curso superior completo. Está na íntegra. É evidentemente que nos cargos de chefia ainda não tem essa exigência, mas, em um futuro próximo, há indicação do TC para até mesmo nestes”, esclareceu. “Dos quadros comissionados, o próprio diretor tem que ter ensino superior. Agora, chefia continua do jeito que está.”

Segundo o prefeito, haverá alteração no quadro de comissionados (CC). “Vamos diminuir, vai se gastar menos. A função gratificada, que são só funcionários efetivos, que tem cargos de chefia, provavelmente vai ter um impacto maior. Estamos fazendo regularizações por causa das horas extras”, afirmou.

“Estamos procurando usar mais funcionários públicos. De forma geral, no fluxo financeiro da prefeitura, não vamos ter gastos a mais”, expôs José Eduardo.

Professores

Lelis ressaltou que o governo pretende efetivar os professores atuais para o período integral nos Cecons (Centros de Educação Continuada).

“Tenho discutido com minha base aliada a necessidade da reforma administrativa. A mais premente é em relação à necessidade de abrirmos vagas para professores de educação básica e de inglês, haja visto que nosso processo, a princípio, é de implementarmos as escolas de tempo integral, mas precisamos de profissionais, de professores e monitores. O Cecon tem feito através de processo seletivo e o Tribunal de Contas apontou que, como há uma continuidade de serviço, a prefeitura não pode mais fazer processo seletivo. Então, vamos aumentar 36 vagas de professores no nosso quadro funcional.”

Mudança de gestores

“Eu ia e vou fazer algumas substituições isso é fato. Tão logo a reforma seja aprovada, estamos fazendo os últimos alinhamentos”, disse José Eduardo sobre a saída de alguns chefes de setor. “Preciso fazer algumas recolocações no sentido de mais efetividade na gestão pública, para que tenhamos maior dinâmica na resolutividade dos problemas. Com oito meses, tive tempo de percepção de onde tenho que fazer mudanças, estou extremamente maduro com as mudanças que vou fazer”, complementou.

Em relação à possível alteração no departamento de assistência social, o prefeito declarou que manterá Elaine Rosa, mas deixou garantido que poderá criar um novo cargo no setor.

“Quando se fala da mudança da assistência social, ela tem que ter percepção de atuação muito completa e elogio o grande trabalho da Elaine Rosa. Ela tem um grande conhecimento, séria e honesta. E quero mantê-la, vou mantê-la. Agora, tenho conversado que tem que ter outra dimensão na questão da assistência social, que é o unir o setor com a educação, saúde, cultura, esporte. Preciso de ter essa referência e, por isso, quero, no sentido de até incrementar, dar um ‘up’. Tenho conversado com pessoas que possam ter o interesse em ajudar e tenho convidado os vereadores para participar do governo municipal”, alegou.