Vereador Moacir relembra que área da prefeitura continua doada para a Só Fruta

O parlamentar explicou que votou contra a diminuição de empregos e a mudança da destinação da área, mas que terreno de mais de 49 mil metros quadrados permanece doado  para a empresa

Política
Guaíra, 14 de maio de 2020 - 00h02

O vereador Moacir Gregório afirma que não existe retrocesso e que terreno já foi doado em 2019 para a empresa com garantia de gerar 180 empregos

O vereador Moacir João Gregório foi um dos  quatro vereadores que votou contra o projeto de lei de autoria do prefeito José Eduardo Coscrato Leis, que previa mudança nas cláusulas da doação de uma área de 49 mil metros quadrados pela prefeitura para a empresa Só Fruta Alimentos.

Em outubro de 2019, o vereador, juntamente com toda a Câmara Municipal, votou a favor da doação da área, onde garantia a geração de 180 novos empregos pelo prazo de 5 anos e a utilização da área para a instalação e uma empresa de produção de embalagens. Neste segundo projeto, o prefeito municipal diminuía a quantidade de empregos para 100 e alterava a destinação da área autorizando a empresa a instalar um estacionamento de veículos e um depósito de materiais, como bagaço de cana e madeira para a caldeira.

Moacir afirmou que votou a favor da doação, mas foi contra as mudanças das cláusulas, pois entende que a finalidade do projeto estava sendo modificada. “Não fui contra a doação do terreno, tanto que em outubro eu votei a favor. A empresa é idônea, gera empregos e devemos apoiá-la, mas primeiro devemos apoiar o interesse público. Eu fui contra a mudança das exigências para a empresa gerar empregos no prazo de cinco anos e a destinação de uma área para instalar estacionamento e depósito, cujo propósito era instalar uma nova empresa”, frisou.

Com a rejeição do último projeto, a autorização para a empresa instalar uma nova fábrica permanece, sem nenhuma alteração. Hoje, segundo o que o parlamentar apurou, a desapropriação da área que custou aos cofres públicos R$ 600 mil, está sendo discutida na Justiça. Mesmo assim, ele garante que o prefeito pode passar a escritura para o grupo empresarial e a empresa cumprir o estabelecido na primeira lei aprovada no ano passado pela Câmara.

O parlamentar disse que não concorda com o discurso do prefeito municipal quando ele diz que houve politização de um assunto tão sério que é a geração de emprego. “Não houve politização, mas sim defesa dos interesses do cidadão guairense. Existe dinheiro público envolvido, não é dinheiro do bolso do prefeito, é dos pagadores de impostos. Ocorreu sim uma falta de planejamento e gestão, pois enviam um projeto em outubro de 2019 e em abril de 2020 enviam outro mudando todas as cláusulas do contrato. O prefeito e seu grupo político precisam entender que a época do coronelismo, onde mandavam e desmandavam acabou. Vivemos em uma democracia e os direitos do povo e do município devem ser preservados”,  discorreu.

Gregório também discorda do discurso de José Eduardo de que este terreno iria socorrer o município na área de geração de empregos por conta da pandemia. “Esta área foi doada em outubro de 2020 e até agora não foi entregue para a empresa por falta de gestão do atual prefeito. Estes empregos não serão gerados de imediato, pois a Só Fruta tem cinco anos para gerar 180 empregos. Existe autorização para a doação do terreno, basta entregá-lo para a empresa e dar continuidade no processo. Não é motivo para demissões, diminuição de empregos ou terrorismo por parte do grupo político do prefeito, pois o que fizemos foi defender o que foi aprovado lá em 2019. Espero que parem de politicagem e comecem a fazer o que é certo”, comentou.

Além do vereador Moacir Gregório, votaram contra as mudanças das cláusulas da doação da área para a empresa os vereadores: José Mendonça, Dra. Bia Junqueira e Maria Adriana de Oliveira Gomes.


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