Barraco na prisão

Editorial
Guaíra, 6 de outubro de 2017 - 09h24

Quem não se lembra do ex-ministro Geddel Vieira (aquele das malas e caixas com 51 milhões de reais), do operador Lúcio Funaro e do executivo da JBS, Ricardo Saud? Difícil esquecer do nome deles pelos atos abomináveis que praticaram diante do Brasil inteiro. Pois bem, os três estão recolhidos no presídio da Papuda, em Brasília.

Eles estão retidos separadamente. Não se encontram nem no banho de sol justamente para evitar que troquem desaforos e ameaças, ou pior, que cumpram estas ameaças. Há inclusive revezamento entre os advogados dos três para que eles não se esbarrem de maneira nenhuma, nem no parlatório.

Porém, segundo relatos, Funaro aguardava o fim do seu banho de sol e antes de voltar para a cela mandou, aos gritos, recado para Saud, preso do outro lado: “Saud, vou te matar”, aterrorizou o delator que o entregou. Do seu lado “do muro”, Geddel fez coro: “Saud, também vou te matar”. Saud devolveu as provocações, mas só para Geddel. “Cala boca, seu gordo!”

Pois é! Para estes três e para os demais que estão retidos, depois de levar uma vida de conforto e mordomias, ficar confinado numa cela não deve ser nada fácil.

Assim, os simples mortais ficam pensando que, ou eles esperavam ficar impunes, e no futuro desfrutar de toda a riqueza acumulada, ou esperavam deixar para seus herdeiros uma vida de maiores mordomias.

Um exemplo vem do todo poderoso Arthur Nuzman, ex-diretor do Comitê Olímpico no Rio de Janeiro, que também está detido na Polícia Federal e que somente em um banco na Suíça há cinco barras de ouro em seu nome. Que “gosto” tem estas barras de ouro e mais seu patrimônio acrescido em 47%?

Quem vai usufruir  tudo isso agora?


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