Todo professor tem como missão principal a tarefa de ensinar! Mas, alguns transcendem essa “tarefa” e, literalmente, dão a sua vida para salvar outras vidas ante a iminente possibilidade da morte.
A professora Helley de Abreu, da cidade de Janaúba, de 43 anos, provou isto: foi uma verdadeira heroína. Ao tentar salvar seus alunos e lutar contra o vigilante Damião Soares dos Santos, de 50, que ateou fogo na creche Gente Inocente, ela sacrificou a própria vida em defesa das crianças e, com isso, impediu que a tragédia que chocou o Brasil e o mundo fosse ainda maior.
Porque professora é assim: quando não é mãe, se transforma em uma e quando já é mãe se transforma em leoa, em heroína.
Helley foi uma pessoa marcada pela superação. Integrante de uma família de três irmãos, nasceu em Montes Claros (cidade polo do Norte de Minas) e, ainda na juventude, mudou-se para Janaúba. Com pouco mais de 20 anos, casou-se com Luiz Carlos Batista. Ainda na juventude, experimentou uma grande tragédia pessoal. Durante uma festa de carnaval, foi com a família para um clube no balneário Bico da Pedra, onde o primeiro filho dela, Pablo, de 5 anos, morreu afogado na piscina do clube. “Foi muito difícil. Todo mundo da família ficou muito chocado. Mas a Helly superou”.
Ela iria dançar, com seus aluninhos, uma música de zumba que estava ensaiando para apresentar no dia consagrado ao professor. Hoje, sem música, sem zumba, sem dança, sem grandes homenagens ruidosas, e onde a professora heroína estiver, receberá os agradecimentos pela bravura e será obrigatório dizer que ela honrou e encheu de orgulho os professores do nosso Brasil.
Professora Helley, hoje este dia é seu também!
Parabéns, mestres!