Câmara homenageia as mulheres

Editorial
Guaíra, 29 de março de 2018 - 09h47

Hoje, na Câmara de vereadores de nossa cidade, acontecerá uma homenagem a algumas mulheres. As reverenciadas são representantes de outras tantas mulheres que até bem pouco tempo não tinham vez e nem voz na sociedade.

A mulher, desde o princípio, foi um ser marginalizado pela sociedade. Por muitos anos, ela teve pouca participação, sendo fadada aos mandos do seu senhor. O marido era o chefe do lar, mandava e desmandava, sendo assim definido por ele o que era certo ou errado e, portanto, o que era bom para aquele grupo familiar. Tudo isso acontecia de forma natural, como um ciclo vicioso. A filha casava-se e era mais uma vez subordinada, mas agora do seu marido, e assim, ela repassava o seus costumes para sua mais nova família. Inferioridade era sinônimo de mulher que, após tantas lutas, vem conseguindo seu espaço como cidadã que possui direito e deveres iguais.

Na contemporaneidade, a mulher assumiu o seu papel, não por completo, mas a cada dia ela vem ganhando o seu espaço na sociedade. Quem nunca ouviu falar no feminismo? Essa palavra surgiu desde as duas grandes guerras mundiais, quando a mulher decide lutar pelos seus direitos. Muita coisa precisa ser melhorada mas, em contrapartida, a mulher está se superando tornando-se mais bem vista e com credibilidade. Hoje, o que podemos observar são essas guerreiras dominando os mais altos cargos, inclusive de Presidência da República, dirigindo empresas, sendo médicas, dona de casa, engenheiras, contadoras, enfim, a mulher pode sim ocupar o cargo que ela bem entender, embora não esteja livre de preconceitos e estereótipos.

A mulher sai do anonimato e se encaixa na sociedade, como uma pessoa comum, a qual é dotada de direitos e deveres assim como o homem. Detentora da liberdade, inclusive aquela que permite a expressão, ela agora está desbravando e recuperando os seus anos a fio que foram lhes roubado.

Para aqueles que ainda possuem a crença de que a mulher continua aprisionada, não sabe nem um pouco do que ela sofreu no passado, e não conhece ainda o conceito de mulher contemporânea, aquela cujo marido não é o seu deus, mas sim o seu companheiro, aquela que sai para trabalhar assim como o marido e que, inclusive, divide as tarefas de cuidar dos filhos. Aquela que possui uma função e é parceria na educação do lar, aquela que tem direito de escolha, que pode opinar em todo o planejamento familiar. É essa a mulher contemporânea que continua frágil, todavia, sua fragilidade não afeta sua potência e a sua vontade de lutar e vencer.


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