Segundo o filósofo e palestrante Leandro Karnal, “amigos são poucos e escassos ao longo da vida”. O Padre Fábio de Mello também fala dessas amizades que achamos que são para sempre!

Ambos – cada um ao seu modo, estilo, sotaque e com sua bagagem de vocabulário próprios – dizem que temos poucos amigos, mas muitos conhecidos!

Leandro nos pede para fazermos um teste: reúna os amigos (todos eles) e fale do seu sucesso: de como está feliz, como está amando e sendo amado, de como está ganhando muito dinheiro e fama! Não fale de seus fracassos! Fracassos provocam solidariedade, não é sinal de amizade. Digam: estou bem e vou melhorar cada vez mais! Olhem para o rosto de cada um deles! Aquele que lhe sorrir, é o seu amigo! Os outros dirão, com desconfiança: “será?”

Mas, nem precisa ser filósofo, ou Padre para fazer um teste de amizade e simpatia.

Só quem é ético constrói amizades verdadeiras. Aquele que não é, fica cercado de cúmplices. Na verdade, amigos são poucos e escassos ao longo da vida. Muitas vezes, aqueles que intimamente lhe torcem o nariz, mas de forma sutil ou quase imperceptível, procuram destilar seu descontento de várias formas; e uma delas é terceirizar essa insatisfação e, de forma covarde, pedir ou mesmo até pagar para que outros tentem fazer este triste papel. Assim, haja ofensas, desconstrução de uma vida inteira, suposições sobre uma atitude qualquer… Tudo vira deboche, escárnio, ironia. 

Isso é muito comum nos dias atuais, principalmente na política, aqueles “amigos” muitas vezes que deixam de debater ideias e projetos e preferem destruir a imagem dos seus oponentes na tentativa de ridicularizar seus argumentos. Exemplo disso é a CPI da covid.