Quem não sabe que o sonho mais primitivo do ser humano é ter um lugar seguro para abrigar, não somente a si, mas também a sua família? De fugir das intempéries, das chuvas, dos ventos, da neve em alguns casos?
Isso é tão antigo quanto o homem das cavernas.
Este assunto tem feito parte de todas as estratégias para se ganhar uma eleição. Claro, mexe com o imaginário do homem, de se sair do aluguel, de dar conforto para a família com, enfim, o sonho da casa própria!
E se este é o assunto predileto de todos aqueles que possuem o poder da caneta, então, por que é tão demorado? Tão burocrático? Tão difícil? Isso, desde a gestão do ex-prefeito Sérgio de Melo que vem se ressuscitando esta plataforma de implementar a tão decantada aspiração de se ter um teto para viver.
Está mais do que evidente que qualquer político, qualquer autoridade desta cidade quer ser o pai do feitio das casinhas e ter o prazer de entregá-las ao chefe de família.
No entanto, qualquer pessoa sabe disso, para se erguer uma edificação, residencial ou não, é preciso primeiro ter a infraestrutura pronta com água, esgoto, luz elétrica para depois se pensar no alicerce, nas paredes e todos os afins.
Aí vemos que uma série de fatores que foram acontecendo, um após o outro, que impediam a até agora impedem a possibilidade dessa infraestrutura de saneamento (Estação de Tratamento de Esgoto) de sair do papel e pular para a realidade: são furtos de material já comprados e pagos; é a empreiteira que “pegou” o serviço que faliu; rescisões contratuais; abandono da empresa que deixou o serviço sem terminar; atraso nos repasses; pandemia; crise na economia e – pasmem – até o impeachment de Dona Dilma influenciou na demora das conclusões dessa base para posteriormente se levantar a tão pretendida casa própria.
Enquanto não se coloca este setor em ordem, o sonho da casinha para abrigar o cidadão guairense continua somente no sonho.
Um dia, quem sabe, este sonho não vira realidade?