Parece que o “Malvado Favorito” do Brasil não se cansa de ser polêmico. Eduardo Cunha diz que voltará a frequentar a Câmara na próxima semana.
Diante dessas declarações, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, evitou falar sobre o anúncio do presidente da Câmara afastado.
“Problema dele”, disse Janot, quando perguntado sobre o caso. Para lembrar, Cunha teve o mandato suspenso pelo STF e voltou à Câmara nesta quinta para prestar depoimento, durante quase 8 horas, no processo de cassação do qual é alvo no Conselho de Ética da Casa.
O parlamentar disse, no entanto, que está proibido de exercer o mandato, mas não de frequentar a Câmara e que a partir de amanhã estará em seu gabinete. A decisão da Corte sobre o afastamento de Cunha partiu de um pedido de Janot feito em dezembro de 2015 e encaminhado ao relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki
Janot sustenta que o peemedebista usava o cargo para atrapalhar as investigações contra ele na Lava Jato e impedir o trâmite de seu processo de cassação na Câmara.
Há sete procedimentos no STF contra Cunha na Lava Jato: uma ação penal por recebimento de propina em contratos de navios-sonda da Petrobras, uma denúncia oferecida por Janot por causa das supostas contas irregulares que ele manteve na Suíça e outros três inquéritos, além de dois pedidos de abertura de novas investigações.
O parlamentar afastado também é investigado por receber propina em um esquema dentro de Furnas, que foi apontado em delações premiadas obtidas no âmbito das investigações da Lava Jato.
Motivos não faltam, mas Cunha não larga o osso!!!