O ministério dos notáveis que Temer pretendia mostrar para a população brasileira está podre! A maioria deles tem seus nomes vinculados aos processos da Lava Jato. Como fruta podre, vão caindo um a um. Os que não caem sozinhos, são derrubados com as pedradas dos seus “pares”.
O ministério dos “notáveis” bem que poderia se chamar ministério dos “denunciáveis”.
O senador cassado Delcídio Amaral defendeu esta semana a saída do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros: “O Renan, como o Eduardo Cunha, deve sair urgentemente. Ele deve cair. Renan é o senhor dos anéis, faz o que quer, manipula tudo, usurpa”, disse.
Os investigadores suspeitam que o interlocutor de Renan é Vandenbergue Sobreira Machado, que é da diretoria de Assessoria Legislativa da CBF, foi chefe de gabinete do ex-ministro Marco Maciel e é muito ligado ao PMDB e ao senador.
O teor da conversa entre Renan e Vandenbergue Machado, divulgada com exclusividade pela repórter Camila Bonfim, da TV Globo, nesta quinta-feira, deixou Delcídio indignado. E com a certeza de que sua cassação foi “manipulada” pessoalmente por Renan. “Ele (Renan) tinha medo da minha delação, ele tinha comprometimento com o Palácio do Planalto.”
Delcídio relata que “tinha boas relações” com Vandenbergue. “Mas achei estranho que ele ia ao meu gabinete aparentemente para prestar solidariedade, para me visitar e o caramba, mas agora percebo que ele ia a mando do Renan para sondar, para saber se eu ia mesmo fazer delação premiada.”
Na avaliação de Delcídio, o diálogo entre Renan e Vandenbergue revela a preocupação do presidente do Congresso em tirar seu mandato, o que de fato ocorreu no dia 10 maio por um placar devastador – 74 senadores votaram pela saída de Delcídio, nenhum colega a seu favor.
Na avaliação do ex-senador, o áudio de Renan e Vandenbergue “caracteriza uma ação forte dele (Renan) de manipulação, igual à que o Eduardo Cunha promoveu no processo da Dilma. Ficou muito claro que Renan controla a situação. O cara está usurpando de um espaço que ele tem dentro do Senado, usando a presidência para fazer o que quer.”
Como a gente vê, é “briga de cachorro grande” é “cobra comendo cobra” e ninguém quer largar o osso. E todos eles – sem exceção – com medo de Sérgio Moro.