Estima-se que, para as eleições deste ano, o Senado deverá ser renovado em pelo menos dois terços de suas 81 cadeiras.
Já se cogita que Dona Dilma deverá ser candidata a senadora – por minas Gerais – e Aécio deve desistir, assim como já desistiu de pleitear o governo mineiro. Em São Paulo, apenas Marta Suplicy tentará a reeleição.
Uma das possibilidades dos democratas é lançar José Luiz Datena ao Senado, ganhando muito mais peso nas negociações. Ter Datena no palanque é o sonho de todos os candidatos ao Palácio dos Bandeirantes. Embora o apresentador da Band venha dizendo em entrevistas que não será candidato a nada, sua filiação ao DEM antes do prazo final sinaliza que a candidatura não está descartada.
Datena estreou um programa dominical em que irá competir com os pesos pesados da TV aberta. Precisa de tempo para fazer o programa, se estabelecer e esse tempo a legislação eleitoral lhe dá.
Segundo o TSE, a partir de 30 de junho de 2018 é vedado às emissoras de rádio e de televisão transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidato (Lei no 9.504/1997, art. 45, § 1o). Portanto, Datena tem mais de dois meses para colocar o programa nos trilhos. A sua saída da programação diária e a entrada de seu filho Joel em seu lugar não foram por acaso. Com o herdeiro no posto, ele garante não só seu espaço, caso fracasse nas urnas, como não precisa abrir mão do salário. Parece um bom plano, resta saber para quem.