Um episódio ocorreu no voo G3 1446, da Gol, que deixou o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, às 10h45, e aterrissou no Aeroporto Internacional de Brasília às 12h50, com 20 minutos de atraso.
Um vídeo atesta que um advogado diz educadamente: “Ministro Lewandowski, o Supremo é uma vergonha, viu? Eu tenho vergonha de ser brasileiro quando eu vejo vocês”. Pronto! Foi apenas isto, mas o ministro responde: “Vem cá, você quer ser preso? Chamem a Polícia Federal, por favor”. Em seguida, o ministro diz que o advogado terá de explicar para a Polícia Federal o que falou a ele.
O advogado Cristiano Caiado de Acioli ficou retido na aeronave por determinação de agentes da Polícia Federal. Caiado disse que não sabia o motivo de estar sendo retido. O advogado é filho da subprocuradora-geral da República aposentada Helenita Amélia Gonçalves Caiado de Acioli.
“Sou pessoa que tem retidão na vida, procuro não fazer mal aos outros, sou uma pessoa patriota, serena, amo o Direito e o País e acho que todo o cidadão tem direito de se expressar e sentir vergonha ou não pelo Supremo Tribunal Federal. Eu disse o que penso. A gente não vive uma ditadura neste país. Acho que todas as pessoas têm direito de se expressar de forma respeitosa”, disse, ainda dentro do avião. “ A Polícia Federal chegou e perguntou se eu iria causar problemas. Eu falei que eu tenho direito de criticar o Supremo. Eu fiz respeitavelmente, é direito constitucional meu, não causei tumulto nem nenhum tipo de crime. Fiz minha parte que era me manifestar de forma respeitosa. Tiraram cópia do documento de identificação e liberaram o avião. Quando pousamos, fiz desagravo particular meu porque estou muito abalado emocionalmente”, contou.
Uma pena que os demais passageiros do avião não se manifestaram nem contra nem a favor do Advogado!