A adversidade também ensina

Editorial
Guaíra, 22 de março de 2020 - 12h54

Dizem por aí que ninguém é uma ilha, mas com o advento da pandemia que assola o mundo, muitos de nós estamos aprendendo a ser uma ilha: uma ilha de isolamento, de solidão, de convivência apenas com os eletrônicos e a tecnologia.

Assim, temos que bendizer que ainda existem estas tecnologias que trazem para dentro dos lares muitas informações boas.  Dizem que a Netflix, por exemplo, abriu seus canais para toda a população indiscriminadamente, sendo sócio ou não, por 60 dias, sem ônus, sem pagamento. A Caixa Federal também estendeu para 60 dias qualquer pagamento de fatura, sem falar no “pacotão” de benefícios que o Governo Federal anunciou através do Ministro Paulo Guedes. Infelizmente não temos acesso a todos os benefícios porque são divulgados aos poucos ou não são divulgados. Há ainda um “site” chamado: “A chave da questão” onde diversos psicólogos estão conectados e podem auxiliar as pessoas que não estão sabendo lidar com as próprias dificuldades, como medo, ansiedade, solidão, ficando compulsivos, etc.

Os pessimistas irão se focar nas péssimas informações que temos todos os dias e os otimistas – Graças a Deus que ainda existem e são muitos – sempre abrem espaço para a esperança, para o ânimo e para o pensamento do saudoso e sábio Chico Xavier: “tudo passa!”, que nunca foi tão bem-vindo como agora.

Mas, se há aqueles que enchem o carrinho do supermercado com TODOS os frascos do álcool em gel da prateleira, deixando os demais clientes sem nenhum, há também outra dessas clientes mais ousadas que reclama e retirar do carrinho do cidadão os frascos e distribui para quem quer comprar!

Na contramão  desse cidadão vimos – inúmeros – anúncios de pessoas se disponibilizando a ir ao supermercado, padaria, farmácia e afins para os mais idosos. Estes abnegados deixam, principalmente nos condomínios, o número do seu apartamento, o seu nome e a disposição de fazer esse obséquio a quem está ilhado dentro de casa!

A solidariedade parece surgir mais forte do que a usura, tanto que esta atitude solidária se espalhou nos grandes centros e até mesmo aqui, na nossa pequena Guaíra, vimos através da Internet pessoas se dispondo a fazer esses pequenos gestos, que demonstram o caráter solidário que emerge no caos do coronavírus.


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