Sem pontos de referência visíveis, os seres humanos tendem a andar em círculos. Tanto individualmente quanto na sociedade,  vemos esse padrão se repetir continuamente em vários lugares, desde o início dos tempos. Quando perdemos de vista o referencial, o propósito, o objetivo, onde se quer chegar, tendemos a nos perder, e você já ouviu falar que as pessoas que se perdem tendem a andar em círculos.

Triste ver alguém nessa situação, é como se o gato de Alice no País das Maravilhas, ficasse repetindo aquela frase que disse a menina “se você não sabe para aonde ir, qualquer caminho serve” diariamente. Se não sabemos para onde ir e o que estamos fazendo agora, qualquer caminho serve! Qualquer coisa serve, e qualquer coisa é o mesmo que nada. 

Andar em círculos nos remete a uma espiral de repetição. Muitas vezes sem perceber passamos a discutir o “sexo dos anjos”, com narrativas vazias e discussões pobres, enfim, enfadonho, como a própria vida que se tornou um eterno Déjà-vu.

Muitos procuram preencher este grande vazio, procurando uma forma de serem vistos e se sentirem vivos. Encontram no inescapável hábito da maledicência, uma boa forma de socializar em uma “tribo” que se propõe a maldizer o outro, seja do que esse outro fez ou disse, seja do que pretende fazer. Um jogo principalmente usado em tempos de política, onde o alvo principal é você, pois é através do seu voto que algumas pessoas nada republicanas se perpetuam no poder.

Mas a boa notícia é que, para grande maioria das pessoas, é fácil dar um basta e dar outro sentido às suas vidas, só depende de uma atitude individual. Para aqueles que o defeito é de fábrica, normalmente chamados psicopatas, isto não será possível, estes terão que continuar a usar suas máscaras, para que, ao acordar diariamente, o espelho não revele sua paramnesia.