Chegou!

Editorial
Guaíra, 24 de maio de 2020 - 10h38

O mês de março foi marcado pela disseminação do coronavírus em todo território nacional.

Vimos – horrorizados – este número ir subindo dia após dia, nos noticiários jornalísticos e mesmo assim não acreditávamos que esta pandemia iria chegar até as cidadezinhas do interior do Brasil.

Mesmo com imagens chocantes mostradas como alerta, estávamos, todos nós, em um relaxamento quase hipnótico, com a certeza daquela máxima que ronda a cabeça dos desavisados: “Isto não vai acontecer comigo”.

Guaíra vivia quase uma normalidade, com lojas fazendo promoções, com pessoas nas ruas, bancos lotados, casa lotérica idem, Parque Maracá recebendo atletas para a prática esportiva e até de caminhadas. Hoje, a situação de isolamento melhorou, mas ainda assim pessoas são vistas – portando máscaras é verdade – sem cumprir adequadamente o distanciamento social.

Pois então, o novo coronavírus já está nos 26 Estados do país e no Distrito Federal, e ainda em cidades de pequeno e médio porte do interior. Algumas dessas cidades, com a nossa, por exemplo, aliás, já registram transmissão comunitária e viramos, vejam só,  um centro de disseminação regional do vírus.

Assim, como até a semana passada o guairense estava vivendo como se estivesse em férias, sem qualquer preocupação maior, hoje ele deve repensar nas suas atitudes. O grande problema, como reiteramos acima, é a transmissão do vírus comunitário, ou seja, não existe uma única fonte de contaminação, ela já se disseminou de modo que será quase impossível detectar onde se encontra o epicentro do contágio em nossa cidade.

As autoridades de saúde têm isolado – em casa – os casos que não requerem cuidados hospitalares, mas o número cresce e hoje já encontramos pessoas conhecidas na sociedade portando o covid-19 sem saber de onde se infectaram e com quantas pessoas teve um contato maior.

Em apenas um dia, o número de infectados, por aqui, saltou assustadoramente! E ficar assustado não é para menos, pois aqui não possuímos uma UTI com equipamentos para atender um número expressivo de doentes. Os casos mais graves são encaminhados para Barretos, mas como parte da região também encaminha seus doentes para nossa cidade vizinha, o que se espera da providência divina é que os hospitais de Barretos não entrem em colapso.

Dizem que nós mudamos uma atitude pela dor ou pelo amor. Esperamos que todos nós mudemos, por amor.


TAGS:

LEIA TAMBÉM
Ver mais >

RECEBA A NOSSA VERSÃO DIGITAL!

As notícias e informações de Guaíra em seu e-mail
Ao se cadastrar você receberá a versão digital automaticamente