Um dos sentimentos mais nobres que o ser humano pode desenvolver é a Esperança. Ela move montanhas, nos tira da ansiedade e nos faz levantar a cada manhã com expectativas para enfrentar todas as adversidades.

Alguém dirá, no entanto, que estamos passando pelos  tempos mais difíceis de toda a humanidade: pandemia, isolamento, pessoas queridas partindo para a espiritualidade antes da hora, hospitais lotados e todos os ingredientes já conhecidos que, juntos, num só vasilhame, faz com que percamos nosso combustível valioso: a Esperança.

Como se não bastasse todas estas barreiras que travamos uma dura batalha, todos os dias,  as autoridades – aquelas que vestem uma capa preta e se acham os donos do mundo –, numa infeliz canetada monocrática, devolve aos condenados os seus direitos e a possibilidade de ver toda a cambada que foi banida (a duras penas), voltar a nos assombrar mais uma vez.

Isso fere a nossa esperança. Machuca nossa expectativa. Arranha e esfola nossa perspectiva de ver nosso país livre da corrupção e dos desmandos provocados por uma matilha que assaltou nossa nação.

Mas, nem tudo está perdido! A nação brasileira, pacífica e ordeira, começa a despertar do sono do comodismo. Temos um exemplo disso quando em 2016, por ocasião do impeachment de Dilma Roussef, um ministro rasgou – literalmente – a constituição e deu-lhe amplos poderes para disputar uma eleição quando seus direitos políticos deveriam ser cassados junto com a sua saída da presidência. Quem não se lembra da indignação que assolou o nosso povo com este ato tão caricato? A resposta disso veio através do quieto e sereno  cidadão mineiro que não elegeu nossa distinta ex-presidente (e não ex-presidenta) para ocupar uma cadeira no Senado da República.

Se os togados dão os direitos aos salteadores, o povo diz “Não” nas urnas. Essa é a nossa Esperança!