Em nossa cidade, as vozes roucas da rua estão comportadas. Não se tem ouvido grandes alaridos – a não ser os fogos de artifícios estourados bem depois das 22 horas – fugindo da lei do silêncio.

No mais, as reuniões feitas nos bairros estão surgindo com o efeito desejado pelos candidatos: eles falam diretamente com o morador, olhando nos olhos e anotando suas reivindicações. Alguns – mais sensatos – não fazem promessas descabidas e não oferecem cargos.

O mesmo, no entanto, não se pode dizer das redes sociais.  Ali, as postagens estão em ebulição: e mais uma vez reiteramos, a afirmativa de que a internet não é mais uma terra de ninguém. Há leis que a controlam!!! Não é assim, ir postando, falando, jogando diretas e indiretas que qualquer candidato vai angariar a simpatia e o voto do internauta.  Muito pelo contrário, temos visto alguns internautas solicitando que não postem “coisas” da política ou mesmo “santinhos” em suas páginas.

É bom que os “colaboradores” das campanhas fiquem atentos para isso. Jogar nas páginas sociais fotos e fazer a legenda como quer a sua cabeça, dos “Mister M”, dos pseudos “João Santana” e “Duda Mendonça”, pode, no mínimo, dar uma tremenda ressaca no dia seguinte. Por ironia do destino, Duda Mendonça precisou fugir do país e João Santana ainda está preso em Curitiba. Por que então, gastar o seu fosfato fazendo ofensas gratuitas, “desenterrando” fotos de outrora como se o mundo não girasse e os pensamentos não evoluíssem e como se eles próprios não tivessem duas caras se colocando, a cada pleito, a favor de candidatos opostos?

Desta maneira, os eleitores mais conservadores, que não acessam a internet, que não frequentam as reuniões de bairro, que não dão ouvidos para as conversinhas oriundas das “rodinhas” de ponta de esquina, vão escolher o seu candidato por aquela máxima que norteia os rumos da vida: “Diga-me com quem andas que eu te direi quem és”.