Exaustão é a palavra certa para definir a situação de nossa cidade atualmente: todos estão esgotados!

Estamos – todos – cansados de pedir, até de implorar, para que os protocolos tão difundidos da profilaxia contra o vírus sejam colocados em prática, que até chega a dar um certo desânimo quando se depara com  a ação da polícia – no entorno do Parque Maracá – orientando que a máscara deve ser usada para cobrir o nariz e a boca e não para ficar pendurada no queixo.

Sabem o que faz com que esse vírus se espalhe – por aqui – em velocidade assustadora? A “ignorância”!

Na última semana, tivemos 78 casos de infecção em 24 horas! O recorde na cidade desde o início da pandemia.

Estamos sendo atacados por um inimigo sem coração, sem cérebro, cruel e, pior, invisível!

Há ainda aqueles que não acreditam na letalidade do vírus. Assim sendo, não dão a este vírus o devido cuidado e ainda espalham notícias falsas, inverdades… Informações retiradas das redes sociais recheadas de sensacionalismo, sem comprovação científica, sem a devida verificação da sua origem. Há, todos os dias, uma pessoa nova divulgando um medicamento mágico capaz de matar o vírus quando ainda estiver na garganta. São receitas caseiras, algumas com ingredientes bizarros, todas elas com o intuito de auxiliar, mas a verdadeira ajuda vem da não propagação da doença.

Assim, vamos vivendo um dia após o outro vendo – estarrecidos – nosso único hospital se encher de novos casos, alguns mais leves, outros  precisando de um cuidado maior, que os médicos – também exaustos – não sabem como acudir. Não que lhes faltem conhecimentos. Não! O que lhes  faltam são as acomodações, medicamentos adequados, equipamentos, aparelhos e, principalmente: espaço!

Não precisávamos chegar a este ponto! Não foi  por falta de informações pela nossa mídia de que o distanciamento, as máscaras, o álcool em gel, quando usados adequadamente barram o inimigo invisível. Mas as festas não param, as aglomerações  também  não,  ao ponto de, infelizmente,  chegarmos ao triste rótulo de uma das cidades mais infectadas da região.