No último dia 3 de dezembro, a comunidade de nossa cidade passou por mais um grande susto: Um suposto ataque à maior e mais tradicional escola de Guaíra. Pelo WhatsApp, um aluno descrevia um possível atentado com corpos e sangue espalhados pelo chão, tudo à principio, sem motivos aparentes. Posteriormente o suspeito relatou que estava cansado de sofrer Bullyng na escola.
Imediatamente a direção da entidade de ensino tranquilizou os familiares dos alunos e informou que medidas necessárias para garantir a segurança de todos estavam sendo tomadas. Como já tinha acontecido a mesma atitude com outra escola, desta vez não foi diferente. O pânico e a desconfiança tomou conta dos estudantes, dos pais dos alunos, professores, diretores e todos que de alguma forma estavam envolvidos com o cotidiano da escola.
Houve uma movimentação no sentido de se oferecer segurança para os alunos que estariam fazendo provas naquele dia. A Polícia Militar foi acionada e deu cobertura para aqueles que não acreditaram nas ameaças feitas pela Internet. No entanto, o objetivo do aluno foi atingido, gerou pânico, desconfiança, muitos faltaram nas provas e chamou também a atenção para si, para seu desconforto dentro da unidade já que – como ele confessou pelas redes sociais – era constantemente vítima de bullyng.
Felizmente, mais uma vez, tudo não passou de ameaças que não foram concretizadas. Mas, isso não quer dizer que devemos baixar a guarda. Um aluno que sofre de brincadeiras (de mau gosto) por parte de seus colegas, que é motivo constante de chacotas, de risos, de humilhações; arquiteta, dentro da sua cabeça um ato de vingança. Não são todos os seres humanos que suportam vexames constantes, que suportam mortificações…
A escola, que, em tese deveria ser um lugar prazeroso, passa a ser um lugar de torturas, de aflições e angústias. Por agora, tudo ficou esclarecido e a rotina deve dar lugar à insegurança sofrida. Depois disso, como sempre, há aqueles que se manifestam, também através das redes sociais e mostram-se das mais variadas formas. Alguns querem punições, outros, mais comedidos falam em acompanhamento psicológico. Mas, que fique um alerta para os alunos que gostam de brincar com o sentimento dos outros, o ”respeito”, a ”deferência” e a ”consideração” fazem a base de tudo…