Somente para mudar  um pouco do pesado assunto que envolve esta famigerada pandemia, com mortes, pessoas entubadas lutando pela vida, com a população em pânico nos assombrando com a possibilidade  do colapso dos hospitais, vamos falar dos acontecimentos que envolvem as autoridades do nosso país e que a cada dia nos surpreende – e nos apavoram – com suas atitudes e determinações.

Já disseram que vivemos em um país onde o poste faz xixi no cachorro e o queijo come o rato, para – de uma maneira jocosa e hilária – mostrar que aqui a inversão de valores é coisa séria.

Assim, quando em sã consciência se pensou que um dia o Juiz Sérgio Moro (que foi cantado em verso e prosa) tido e havido como quase um herói nacional, que julgou e colocou grandes figurões – até então inatingíveis – julgados pela corrupção,  presos, encarcerados e fazendo mais: devolvendo os bilhões desviados de volta aos cofres públicos, estaria sendo acusado pelo STF?

Pois bem, se aqui  até o queijo corre atrás do rato e o come, um Juiz de carreira, aprovado em todos os concursos públicos aos quais concorreu, foi desqualificado por um colegiado que manipulou os votos, de agora em diante, o Brasil também passa a ser conhecido como um lugarzinho onde o réu – condenado e preso – sai livre e o juiz  que o condenou com todas as provas evidentes pode virar réu.

Assim,  o projeto da “lava jato” que ficou conhecido até no exterior como uma das maiores formas de combater a corrupção, que já era sistêmica no Brasil e que foi tida como uma ação corajosa a ser copiada, um exemplo a ser seguido, não passa de mais uma inversão de valores que temos que engolir – assustados e boquiabertos – porque este, como disse Charles De Gaulle,  não é um país sério.

Uma pena!