Finda as eleições, já com resultados consagrados, o mais chocante não vieram das urnas, mas fora delas: a quantidade de votos brancos, nulos e, principalmente, as abstenções!

Até o presidente Michel Temer, que está na Argentina, comentou e já deu seu veredicto: o brasileiro não foi votar porque está descontente com a classe política.

Por aqui, por nossa cidade, não foi diferente! Os votos em branco, nulos e abstenções – somados – superou a soma dos três últimos colocados na condição de candidatos a prefeito.

Um recado claro e objetivo:  o guairense não estava satisfeito com o rumo das atitudes dos nossos políticos e, por isso mesmo, resolveu renovar.

Mas, isso tudo é reflexo do que vem acontecendo nas esferas superiores. Tivemos um presidente (Luís Inácio Lula da Silva) que recebeu as maiores honrarias por onde passou enquanto representante do nosso país. Foi homenageado nos países do primeiro mundo e reconhecido como um grande estadista. Daí, o sucesso subiu-lhe à cabeça e começou a meter os pés pelas mãos aos associar-se com pessoas que assaltaram os cofres das grandes empresas do Brasil.

Quem não se lembra que Lula alardeou que “não sabia de nada, não tinha visto nada e não tinha ouvido nada”? Foi conivente com os larápios brasileiros. Agora, ainda, sem papas na língua, prefere ofender os concorrentes onde o PT não emplacou nas eleições. Chamou Dória, prefeito eleito de São Paulo ainda no primeiro turno, de “aventureiro, assim como Collor”. Dória poderia ter sido menos elegante e dizer que Lula entende muito bem disso, já que havia criado aventureiros demais com Dilma e Haddad, mas preferiu uma resposta mais simpática, própria dos homens bem intencionados.

Assim, homens mais velhos, mais calejados na política, que tiveram um passado glorioso, poderiam saber a hora de parar e se retirar do cenário político, no auge de sua performance, para não serem alvos de atitudes vexatórias e até mesmo inconsequentes.

O recado das urnas foi contundente: a velha política está, definitivamente, morte e enterrada!