Com a saída de José Serra (PSDB-SP) do Ministério das Relações Exteriores, o governo de Michel Temer perde seu oitavo ministro em menos de um ano de mandato. A primeira formação do ministério de Temer foi empossada no dia 12 de maio de 2016, há nove meses. Dessa maneira, a equipe registra uma média de quase uma saída de ministro por mês.
Em carta divulgada pelo governo, Serra afirmou que pede demissão “em razão de problemas de saúde que são do conhecimento de Vossa Excelência”. No fim de dezembro, Serra – que agora reassume sua cadeira de senador – foi submetido a uma cirurgia de descompressão e artrodese da coluna cervical.
No começo do mês, Alexandre de Moraes (recém-desfiliado do PSDB) se licenciou do Ministério da Justiça após ter sido indicado por Temer para o lugar de Teori Zavascki no STF.
O primeiro a sair foi Romero Jucá (PMDB-RR), ainda em maio, poucos dias após Temer iniciar seu governo interino com o afastamento de Dilma Rousseff. Ainda em maio, foi a vez de Fabiano Silveira, da Transparência, Fiscalização e Controle, pedir demissão. Ele também apareceu em gravações feitas por Machado. Duas semanas depois, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) deixou o Ministério do Turismo também por causa da delação de Machado. Temer demitiu em setembro o advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, que entrou em rota de colisão com o ministro da Casa Civil,
Já em novembro, Marcelo Calero (Cultura) pediu demissão e acusou Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), da Secretaria de Governo, de tê-lo pressionado a liberar a obra de um prédio onde comprou um apartamento em Salvador.
Assim sendo, em Brasília, de ficha limpa só sobrou a senhorinha que serve o café.