Estamos imersos em uma sociedade, onde cresce cada vez mais o número de pessoas que faz uso dos meios virtuais para se comunicarem. A tecnologia tem se tornado uma grande aliada do homem e trouxe muitas vantagens para a vivência do mesmo, nos mais variados campos. Os aparelhos celulares, por exemplo, têm sido de grande ajuda. Com eles podemos nos comunicar com pessoas que estão a quilômetros de distância, podemos resolver problemas, fazer compras sem sair de casa e várias outras coisas.

Tudo isso graças ao êxito da evolução tecnológica. Diante deste fenômeno que tem invadido nossas casas e tomado conta das mais variadas faixas etárias, podemos nos questionar: Até que ponto, a tecnologia tem contribuído na vida do homem? Quem está a serviço de quem? A tecnologia está ao meu serviço, ou eu estou a serviço da tecnologia? Quem domina quem? 

Eu a domino ou deixo-me ser dominado por ela? Com base no que presenciamos em nosso dia-a-dia, podemos dizer que o homem é quem está a serviço da tecnologia, que este, tem se deixado ser dominado pelas novas tecnologias. 

O controle, não está mais nas mãos do homem, e sim nas mãos da máquina, do aparelho celular. A todo o momento nos deparamos com pessoas fazendo uso do aparelho celular, nas ruas, nos transportes, enquanto aguardam para serem atendidas nos consultórios médicos, nos restaurantes, shoppings, no passeio com os amigos e até mesmo dentro das igrejas em seu momento de oração, pois o homem está sempre conectado, conversando com milhares de pessoas ao mesmo tempo. 

Se analisarmos, podemos chegar à seguinte conclusão: o mundo virtual possibilita o contato com quem está longe, permite o acesso às informações de coisas que ocorrem do outro lado do planeta, mas ao mesmo tempo, desconecta a pessoa do mundo real.

Conecta com o que está a quilômetros de distância, mas desconecta com o que está ao lado. Diante desse fenômeno precisamos parar, refletir e repensar como estamos usando a tecnologia. É necessário desconectar para conectar-se. Conectar-se comigo mesmo, com os outros que estão ao meu redor, com Deus. 

Desconectar para aproveitar o momento presente, a companhia dos amigos, a presença da família, as travessuras dos filhos, os problemas do amigo. 

Precisamos tomar o controle em nossas mãos, sermos dominadores da tecnologia e não dominados por ela. Lembre-se, nos tempos atuais precisamos desconectar para haver uma conexão autêntica e verdadeira. 

Frater Marcos Vinícius Aleixo Carreira, scj