Assim que foi eleito, Bolsonaro disse que mudaria a embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém, em Israel. Era uma promessa de campanha. A medida teria agradado os israelenses, que consideram Jerusalém a ”capital eterna e indivisível” do país. Nesta segunda-feira dia primeiro o presidente Jair Bolsonaro que se encontra em Jerusalém, visitou o ”Muro das Lamentações” ao lado do primeiro ministro israelense, Benjamim Netanyahu…

Sabe-se que o Muro das Lamentações é um local sagrado do judaísmo. A estrutura, de pedra calcária, é parte do que sobrou de um templo da Antiguidade. Há séculos as pessoas que visitam o local fazem orações e depositam, nas reentrâncias das pedras, pedidos escritos em papel. Após uma breve oração ao lado de Netanyahu, Bolsonaro depositou um pedido. Questionado pelos jornalistas sobre o que havia escrito, ele respondeu ”Deus, olhe pelo Brasil”.

A visita ao Muro faz parte dos compromissos da viagem oficial de Bolsonaro a Israel. Desde que foi eleito, o presidente tem se aproximado de Netanyahu. O primeiro-ministro de Israel foi um dos chefes de Estado presentes na cerimônia de posse do brasileiro em primeiro de janeiro. No domingo dia 31 Bolsonaro ainda anunciou a abertura de um escritório comercial do Brasil em Jerusalém. O gesto foi mal recebido pela Autoridade Palestina, que avisou que vai chamar de volta o embaixador no Brasil para fazer consultas e estudar uma resposta.

Agora, nosso presidente decidiu que vai apenas abrir um escritório em Jerusalém, decepcionando e irritando os israelenses. Sobraram apenas raiva e decepção de árabes e israelenses para com o nosso governo e do contribuinte brasileiro, que já tem um escritório do governo a 15 quilômetros de Jerusalém e agora vai ter que custear dois. Quem dera o problema fosse só o custo de mais um escritório. Só com a queda de exportação de frangos para os árabes, podemos perder 2 bilhões de reais e milhares de empregos. Bem assim…