O Brasil tem acompanhado, sem muito entusiasmo, a queda de braço entre o nosso presidente Bolsonaro e o Presidente da Câmara Rodrigo Maia…

Nos últimos dias a relação entre os ”presidentes” se desgastou (mais uma vez) e houve troca de farpas de ambos os lados. Essa discussão tem dificultado a relação entre Câmara e Palácio do Planalto e atrapalha o avanço da reforma da Previdência no Congresso. Na última quarta-feira dia 27, Maia pediu a Bolsonaro para que o entorno do presidente pare de criticá-lo. O deputado disse ainda que, enquanto o país tem milhões de desempregados e registra milhares de assassinatos todos os anos, Bolsonaro está ”brincando de presidir”.

Na última quinta-feira dia 28 houve a entrega da uma comenda em Brasília, seria o primeiro evento público com as presenças de Maia e Bolsonaro desde que os dois começaram a trocar farpas, porém Rodrigo não compareceu e afirmou que iria deixar de fazer articulações para aprovação da previdência. Ele teria ficado insatisfeito com as declarações de Carlos Bolsonaro nas redes sociais.

Do lado do presidente parece que a ”briga” está morna, ele disse que esta divergência é ”página virada, como uma chuva de verão, essas coisas acontecem” e mandou um abraço para Maia…

Enquanto os dois discutem, o dólar atingiu o seu pior patamar e a bolsa despencou. ”Outros problemas acontecerão, com toda a certeza, mas pode ter certeza, na minha cabeça e na dele, o Brasil acima de tudo e Deus acima de todos” acrescentou Bolsonaro…

A trégua entre Bolsonaro e Maia foi comemorada pela equipe econômica, que estava preocupada com os efeitos da crise entre Executivo e Legislativo sobre o cenário econômico. O dólar estava ameaçando superar o valor de R$4,00 tendência que pode afetar a inflação, além de fazer as previsões de crescimento caírem ainda mais. O Banco Central já reduziu a sua para 2%. Agora, segundo auxiliares de Paulo Guedes, é focar na votação da reforma da Previdência e usar a crise como lição para evitar a repetição dos erros cometidos nos últimos dias…