O que de fato valeu nesta Copa foi conhecer a Presidente da Croácia. Vejam bem, é “Presidente” da Croácia e não “Presidenta”.

Kolinda Grabar-Kitarovic é a primeira mulher a ocupar este posto. Foi para a Rússia pagando a passagem de seu próprio bolso, viajou de classe econômica e descontou do seu salário os dias em que não trabalhou. Mais do que isso, abraçou cada jogador como se fosse seu próprio filho, abraçou juízes, adversários, fez tudo isso em meio a um bando de homens – cheios de protocolos – vestidos de ternos caros, enquanto ela vestia a camiseta da sua seleção. Enquanto apenas o Presidente da Rússia – Putin – era socorrido com um guarda-chuva (depois apareceram outros), kolinda pegou chuva e deu um banho de simpatia.

Assim que chegou ao poder, Kolinda vendeu o avião presidencial e vendeu também os 35 carros Mercedes Benz que estavam atribuídos aos ministros e outros funcionários. O dinheiro apurado desta venda foi devolvido aos cofres do estado.

Fez na Croácia o que todos nós ansiamos no Brasil:
abaixou o seu salário e o dos ministros ao meio; cortou as despesas e o salário dos embaixadores e cônsules a 60%; olhou para o seu povo e aumentou o salário mínimo para o setor privado; eliminou a aposentadoria para senadores e congressistas… Ela fala 7 línguas e não se acha a superior a ninguém.

Com toda a humildade, a Croácia colocou o seu país no mapa. As crianças querem saber onde fica este país, que língua falam, quantos habitantes têm e qual a sua moeda! Não são apenas o segundo melhor time do mundo, são antes, um exemplo de humildade, de simpatia e de cidadania.

Dá sim uma inveja muito boa.