Longe do governo federal e com cerca de 350 prefeituras a menos do que havia conquistado em 2012, o PT projeta um cenário em que até 50 mil pessoas que ocupavam cargos comissionados nas máquinas administradas pelo partido perderão os postos em 2017, quando a sigla será desalojada de grandes estruturas, como a Prefeitura de SP. O número circula em reuniões internas. Além do revés político, uma questão prática: as doações dos filiados — agora sem cargo — devem despencar.

Petistas avaliam que a derrocada no Sudeste — principalmente em São Paulo — era prevista. Lamentam que até no Nordeste, de onde o partido esperava tirar forças para se reerguer, o cenário foi desastroso.

Juntando os cacos, o PT de São Paulo fará uma série de reuniões de avaliação da campanha de Fernando Haddad. De volta à oposição, o partido planeja apresentar aos militantes, em novembro, propostas para a atuação na capital paulista.

Falando em militantes, aconteceu um fato curioso na cidade de São Paulo: Nesta quarta (5), os alunos do ensino médio do colégio Santa Cruz foram à escola fantasiados. Grande parte foi vestido com as características do futuro prefeito, João Doria: cashmere amarrado no ombro, mocassim e gel no cabelo — uns porque gostam do tucano, outros para fazer troça com seu estilo coxinha.

Em nossa cidade, tão longe dos agitos e das reuniões Petistas, ninguém se “fantasiou” de Zé Eduardo, mesmo porque o estilo do futuro prefeito já é o mesmo de muitos cidadãos: calça jeans, camisa xadrez, simpatia e sorriso largo no rosto!

No entanto, em Guaíra ninguém fala, mas há no ar uma cumplicidade com o cenário de desolação das demais prefeituras onde o prefeito não foi reeleito: os cargos de confiança (que por aqui não são poucos) serão colocados à disposição da nova legenda.

É assim mesmo, no apagar das luzes do mandato petista, sai o “boss” e com ele seus asseclas.