Os simpatizantes do PT, que foram levar o seu apoio a Lula em Porto Alegre (RS), deixaram um rastro de destruição nas ruas da cidade.
Na verdade, deixaram a sua marca: brigas, muita cachaça, vandalismo, drogas… Estas pessoas, que viajaram tantos quilômetros de ônibus e que participaram do comício do ex-presidente, estavam lá apenas para fazer o melhor que sabem: muito barulho e pouco convencimento.
Pelas ruas por onde passaram vandalizaram lojas, arrancaram lixeiras, deixaram garrafas e latinhas jogadas e até camisinhas foram recolhidas, de madrugada, pela equipe do Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Houve brigas, desentendimentos, consumo de drogas e muita confusão durante o amanhecer.
Em seu último evento público, antes do julgamento que pode decidir o futuro de sua candidatura, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou como se estivesse à beira de um segundo turno.
“Não vou falar do processo”, disse Lula. “Não vou falar da justiça. Primeiro, porque tenho advogados competentes. Aqueles que vão votar vão se ater aos autos do processo e não a suas convicções políticas. Eu vim aqui pra falar sobre o Brasil. Da soberania nacional. Da integração latino-americana. Do Mercosul. Da safadeza que querem fazer com a previdência. De quem sonha em viver com dignidade no Brasil (…). Não estou preocupado comigo, estou preocupado com o povo brasileiro”, afirmou o ex-presidente. “Não posso me conformar com o complexo de vira-lata que tomou conta do nosso país”…
Lula atacou os veículos jornalísticos, dizendo que a grande imprensa “não tem compromisso com a verdade” e também sofre de “complexo de vira-lata”. O petista chamou a imprensa de “covarde”, dizendo que os veículos não respeitam a família.
Depois, foi descansar no melhor hotel de Porto Alegre, pegou o jatinho e esteve acompanhando a votação, ontem, de São Paulo, do Sindicato dos trabalhadores.
