Muitas vezes um não pode parecer a princípio algo desconfortante, mas na maioria das vezes podem nos levar a outros patamares na busca de melhores soluções, aprofundando diálogos e objetivos comuns. 

È de conhecimento de todos que na maioria das cidades brasileiras a agricultura é um dos principais agentes propulsores do desenvolvimento local.E são raras as ocasiões em que os poderes constituídos dão a devida atenção que o setor merece.Nossa agricultura familiar representa em média 70% dos alimentos que chegam às nossas mesas todos os dias, e a atenção a estes pequenos produtores rurais, precisa ser feita de forma contínua e a implementação dos  Planos Diretores Municipais, deveriam colocar  a agricultura como uma das suas principais  prioridades, constituindo o caminho a percorrer para o desenvolvimento econômico-social desses municípios.

É neste contexto que se coloca a necessidade de termos a nível municipal um  Plano Diretor Agrícola, que não envolva apenas as questões rurais, como todas as atividades que a elas estão relacionadas, como também os aspectos regionais que muitas vezes estão associadas ao desenvolvimento da agricultura local.

Um plano elaborado, coordenado e fiscalizado pela sociedade local, através de suas organizações de representação civil – como os conselhos municipais de agricultura-  e que vise o desenvolvimento do agronegócio local, em todos os sentidos, através de ações que precisam ser inter relacionadas com as demais atividades econômicas e sociais do município, considerando inclusive suas relações com a economia regional. Importar fórmulas prontas de outras localidades, são fadadas a não darem certo, por estarem fora de sintonia com as necessidades, a  dinâmica e a cultura local.

Os pequenos agricultores de Guaíra sempre contaram com o apoio da prefeitura, seja com apoio logístico com a cessão temporária dos maquinários, que é uma forma de contribuir ativamente com a produção destes pequenos produtores, bem como na conservação das estradas que escoamento da produção.

Mas precisamos criar através de um plano agrícola bem elaborado e participativo, elementos  de curto, médio e longo prazo, que constituam uma política pública que dê uma maior segurança a esses produtores.Apesar de muitos aspectos que determinam a vida nos municípios fugir da alçada do poder local, é preciso alertar as muitas possibilidades de atuação desse governo no desenvolvimento municipal, o qual deve desempenhar o papel de  mais do que um agente realizador do desenvolvimento, deve atuar mais como articulador e facilitador das ações locais de desenvolvimento. 

Criar mecanismos que facilite, contribua e crie condições, para que o abastecimento das muitas  refeições que são distribuídas diariamente nas merendas dos nossos estudantes, seja feita com uma percentagem maior do que o mínimo de 30% exigidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, com certeza já seria um avanço considerável  para nossos pequenos produtores rurais.